Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), nenhum infante será objeto de qualquer tipo de violência ou exploração. No entanto, atualmente, a exploração sexual infantojuvenil é uma realidade no Brasil. Nesse contexto, dois fatores contribuem para tal situação: a omissão de parte da sociedade e a inaplicabilidade das leis. * Primeiramente, embora o ECA determine ser também dever da sociedade proteger os menores, isso não está sendo totalmente respeitado. Em um país onde as "novinhas" são constantemente objetificadas e erotizadas em letras de músicas e pela mídia, tal crime tornou-se natural para parte da população brasileira. Logo, muitas pessoas não denunciam quando presenciam ou suspeitam de algum caso de exploração, o que corrobora para mais crianças e adolescentes serem mercantilizados. * Ademais, vale ressaltar que as leis, apesar de serem imprescindíveis, nem sempre são devidamente cumpridas. Conforme noticiado em jornais, existe uma carência de fiscalização. Outrossim, muitos casos denunciados acabam não sendo investigados com prioridade. Desse modo, os aliciadores e demais envolvidos no crime geralmente saem impune. * Torna-se nítido, portanto, que muitos fatores dificultam o combate à exploração sexual infantojuvenil. A fim de que essa realidade mude, a mídia deverá intensificar as campanhas que alertam a sociedade sobre a gravidade do problema e que ensinam como denunciar através do disque 100, para que a população não trate o crime como algo natural e denuncie. Além disso, o governo poderá intensificar o número de policias militares nos pontos considerados vulneráveis, somado à criação de mais delegacias especializadas em crimes contra infantes, com o fito de evitar novos casos e os já denunciados serem rigorosamente investigados. Assim, os culpados serão punidos e o Brasil será um país mais seguro para os pequenos.