Título da redação:

Futuro sem traumas

Proposta: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 09/10/2017

Dentre todos os crimes enfrentados pela sociedade, diariamente, nenhum gera tanta repulsa e revolta quanto aqueles cometidos contra crianças, principalmente os delitos de exploração sexual. Além do mais, as denúncias feitas pelo Disque 100 mostram que ocorrem 4 casos de exploração por hora, sem levar em consideração aqueles que são silenciados e não chegam às autoridades. Diante desse panorama é possível perceber o tamanho e a gravidade do problema que enfrentamos. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil é um dos países que apresenta o maior número de casos de abusos contra crianças e adolescentes. Tal posição advém de dados como os do levantamento feito pela Polícia Rodoviária Federal que identificou 1.969 pontos vulneráveis à exploração sexual nas rodovias brasileiras em 2014. Além disso, o canal para denunciar casos de violação de direitos humanos (Disque 100) registrou, pelo menos, 175.000 ocorrências entre 2012 e 2016 apenas referentes aos casos de abuso. Ademais, os indivíduos submetidos às tais práticas têm suas chances diminuídas em relação ao seu desenvolvimento em questões morais, psicológicas e intelectuais, pois os estudos e conhecimentos gerais lhe são vetados, apresentando baixa escolaridade segundo dados dos Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Todavia, uma ação está tentando mudar esse cenário crítico, o "Projeto Mapear", desenvolvido pela Polícia Rodoviária Federal que consiste não somente em fazer o levantamento do todos os pontos propícios à exploração, mas também promover fiscalizações de rotina nesses locais e subsidiar a implementação de políticas públicas e auxiliar nos atos organizados pela sociedade e outros entes e associações para combater o ato criminoso. Haja vista essa conjuntura, é necessário adotar um conjunto de ações coordenadas que visem ao mesmo fim, à proteção de nossas crianças e adolescentes. Logo, o primeiro passo deve ser dado pela família, essas devem estar atentas aos comportamentos que indiquem algo de errado por parte dos mesmos indivíduos. Essa instituição social deve ser assessorada pelo governo federal que, em parceria com o Ministério da Educação, deve trazer o assunto às salas de aula, por meio de debates instituídos por professores e psicólogos para que se possa atender e orientar os alunos e, principalmente, aconselhar um aluno que esteja passando por tal situação. E, por fim, o investimento, por parte do governo federal, em programas como o "Projeto Mapear", que investiguem, façam abordagens e executem ações de combate à exploração sexual junto a sociedade. Assim, conseguiremos assegurar um futuro sem traumas às nossas crianças.