Desde os primórdios a violência é um dos fatores que mais gera angústia no homem, pelo fato de lhe causar dor, sofrimento e marcas que o tempo não apaga. O interessante é que o ser humano ao tempo que sofre é o agente causador também, na qual é um paradoxo incompreensível. Sabe-se que o termo violência origina-se do latim violentia e significa abuso de força, tirania, opressão e coação física ou moral. Nesta linha de pensamento, encontra-se a problemática da exploração sexual nas crianças e em adolescentes. Sabe-se que há relatos de abusos sexuais em crianças desde do século da idade média, porém estudos afirmam que eles já eram moldados como adultos a partir da infância e não havia a preocupação com as consequências neurológicas. Porém, com o advento da sociedade capitalista, os praticantes de tal ação passaram a visar o lucro. Haja vista que de abuso passou a ser exploração, na qual se aproveitando da infantilidade e da ingenuidade do ser criança, surgiu-se o comércio desta ação. Parafraseando a obra cortiço de Aluísio de Azevedo em que a personagem Pombinha a partir de caricias de Léonie e de sua ingenuidade se entrega para a exploração sexual. Nisto percebe-se que o assunto no Brasil é tratado há décadas. Desta forma, de acordo com a Vigilância de Violência e Acidente (VIVA), a violência sexual é a segunda agressão mais acometida entre os adolescentes. Assim, a continuidade desta ação, conceitua-se na passagem de geração a geração, na qual a base da sociedade, a família não normatiza assuntos para esta chaga. É indubitável que o Ministério da Saúde e da Educação auxiliar os produtores de novelas para tratar deste assunto como a forma de combate, uma vez que as novelas reúnem a grande maioria de expectadores desta sociedade, de tal sorte que as famílias venham a educar as crianças para no vindouro não serem eles os agressores. Além do mais o Governo Federal, aumentar os polos (em proporção nacional) de atendimentos do Disque 100 (telefone de denúncia de abusos e exploração sexual) e os números de funcionários para que todas as ligações possam a ter retornos plausíveis e em paralelo deverá tratar com mais rigor e afinco na fiscalização do comércio desta prática. Dessa maneira, lembrar-se que o futuro é formulado pelas ações do presente e que toda criança deve sentir o sabor doce da infância e não o ao contrário.