No albor do século XXI, é irrefutável que a exploração sexual de menores ainda seja um problema no Brasil. No ano de 1990, o tema era discutido pela Câmara Federal e, diante disso, foi aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para avaliação. Dessa maneira, é nítido que diante do agravo, várias ações precisam ser tomadas para suprimir esse obstáculo. Na década de 1980, a infância pobre brasileira ganhou notoriedade social e acadêmica, com destaque para o tema "menino de rua". Com base nesse nexo, hodiernamente no país a Constituição Federal prevê que "é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à dignidade e ao respeito". Contudo, devido à ineficácia das leis e um sistema público fragilizado, muitos crimes praticados contra menores são abrandados e prescritos. Da mesma forma, a sociedade brasileira e as escolas em geral falham na questão que tange as denúncias. Dessarte, segundo o Disque 100, entre os anos de 2015 e 2016 foram registrados mais de 37 mil casos envolvendo exploração sexual de crianças e adolescentes. Norteando a premissa de que muitas pessoas não denunciam, conjectura-se que os índices possam ser superiores. Assim, como proferido pelo filósofo Jean Jacques Rousseau: "a juventude é a época de se estudar a sabedoria". Nessa perspectiva, urge a necessidade de um investimento na educação e formação social da classe juvenil, de modo a desviar a mesma do caminho explorativo. Salienta-se que o combate à exploração sexual no Brasil ainda seja um tabu, então, medidas são fundamentais. É necessário que o Poder Público crie ações preventivas que assegure os direitos infantojuvenis e divulgue insistentemente na mídia para que sensibilize a população quanto à questão, ao tempo que estimule as pessoas a delatar os casos. Além do mais, é responsabilidade da escola alertar os alunos das consequências dos abusos e por meio do diálogo prático incentivar os mesmos a denunciarem à família e autoridades, para que assim possa formar cidadãos conscientes.