Título da redação:

Até quando?

Tema de redação: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 01/05/2018

O rapper brasileiro Gabriel, o pensador, questiona em uma de suas músicas, até quando o povo brasileiro irá tolerar tantos problemas sociais. Tal indignação se aplica também à questão da exploração sexual infantil, assunto que exige o diálogo com as crianças e, além disso, uma análise a respeito da questão socioeconômica, para que assim seja possível combater tais dificuldades. Como primeira constatação, observa-se que preocupações associadas a manipulação às crianças não apenas existem como vem crescendo a cada dia. Por conta disso, é preciso buscar as causas dessa questão, entre as quais emerge como a mais recorrente a falta de informação que em consequência disso são mais fáceis de serem atraídas por falsas promessas e serem usadas para a obtenção de lucros e benefícios. Isso acontece em virtude da ingenuidade das crianças, que enquanto essas deveriam estar aproveitando a infância, elas são levadas a um meio no qual acarretará traumas físicos e psicológicos e, devido às ameaças de morte por parte desses exploradores, os menores evitam denunciar aos pais, ao Conselho Tutelar ou Disque 100 por medo. Ademais, de acordo com o site da UOL, 60% do casos de exploração sexual ocorridos no Brasil não chegam a ser denunciados. Esses fatores atuam em um fluxo contínuo e favorecem na formação de um problema social com dimensões cada vez maiores. Outro ponto que merece atenção está relacionado à prostituição infantil, que, como os exploradores buscam lucrar, corrompem os menores e conduzem ao mercado de prostituição que nem uma mercadoria barata. Isso ocorre devido ao modelo sociocultural em relação à questão do gênero que, por vezes, pode reproduzir uma naturalização da discriminação contra a mulher, vista como objeto destituído de valor e com maior vulnerabilidade. Exemplos disso podem ser encontrados nas informações pela mídia em geral como, por exemplo, na pesquisa feita baseada nas denuncias ao Disque 100, que entre 2012 e 2016 foram registrados quatro casos por hora de exploração sexual infantil. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação realizar palestras e debates, com maior abrangência e eficácia, sobre as questões pertinentes à exploração sexual e as diferenças entre um flerte e um assédio, com a finalidade de educar e conscientizar os pais e principalmente as crianças. Ademais, o Ministério dos Direitos Humanos devem promover campanhas midiáticas que possam alertar a população sobre tal problema bem como a prostituição infantil, enfatizando a penalização para quem comete esse tipo de crime. Pois, como afirma Gabriel, o pensador, "na mudança do presente a gente molda o futuro".