Título da redação:

Algozes da Inocência

Tema de redação: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 02/10/2017

É válido destacar que o conceito social de pedofilia se define pela atração erótica por crianças. Nesse caso, a atração pode ser fantasiosa ou se materializar em atos sexuais com meninos ou meninas. Além disso, às crianças e os jovens são assegurados de proteção integral, sobretudo devido a sua condição de vulnerabilidade. Em adição, a literatura jurídica costuma classificar atos ilícitos contra crianças de acordo com a expressão do comportamento criminoso em abusadores e molestadores. No entanto, seja em qual for a inclusão do crime, a punição e o tratamento são dever do estado. É notório que os abusadores se caracterizam, principalmente, por atitudes mais sutis e discretas e em muitas situações, a vítima não se considera violentada. Entretanto, os molestadores são mais invasivos e geralmente concluem o ato sexual contra a criança. Em acréscimo, a pedofilia, possivelmente, seja uma doença em que o sujeito possui medo de se relacionar sexualmente com outro adulto. Outrossim, os fatores culturais como na forma de ser do homem e da mulher no Brasil implica subnotificação dos casos de pedofilia, visto que os meninos temem a perda de sua masculinidade diante da denúncia de abusos sofridos. Destarte, devido ao fato de a criança não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo não sabendo a conotação moral dessa atividade, acaba desenvolvendo problemas emocionais como terror, agitação, choque e ás vezes suicídio, por não possuir habilidades diante dessa estimulação. Ademais, a dificuldade em relatar e em quantificar os casos de pedofilia influencia na precarização de políticas públicas e de projetos para esse problema específico. Em síntese, os magistrados não devem conceder benesses aos pedófillos, visto que alguns se aproveitam da patologia a fim de conseguirem abrandamento da penalidade. Além disso, o pederasta não vai procurar ajuda fármaco-psicológica se a cultura não for a de preservar as crianças acima de qualquer situação. Ainda, os educadores e familiares devem instruir as crianças a relatarem qualquer toque em áreas íntimas que as façam se sentirem desconfortáveis, mesmo que seja por membro da família, professor, vizinhos ou desconhecidos. Finalmente, o caminho para o combate a esse crime deve ser a culpabilização e o tratamento dos algozes da inocência.