De acordo com Patrick Harry, ex-governador do Estado da Virginia dos EUA do século XVIII, a sociedade tende a fechar os olhos diante de uma verdade dolorosa. Nessa perspectiva, as raízes da exploração sexual infantil, está ligada a construção histórica da sociedade do Brasil. Logo, os fatores de cunho social e econômico, colaboram para a perpetração da pratica. Segundo o filosofo Emile Durkheim, descreve em sua tese que é na infância que são formados os preceitos morais. Por esse ângulo, a exploração sexual infantil no Brasil, reflexo do período de colonização, dos bandeirantes e senhores de engenho, que viam os indígenas e africanos como seres inferiores e estes eram vítimas de seus captores, principalmente os menores de idade, que além de serem escravizados eram usados para práticas sexuais, tais atos eram considerados um modo de trabalho e de livre aceitação pela sociedade, como também ensinados aos filhos. Desse modo, mesmo que a escravidão e escravidão e a exploração indígena tenha acabado, as marcas comportamentais das épocas em questão ainda perdura, por isso se faz necessário um reajuste psicológico na população. Não é demasiado lembrar, a obra de Jorge Amado ´Capitães de Areia`, que retrata o cenário de crianças abandonadas as intemperes da vida. Nessa lógica, a fragmentação das funções parentais, a vulnerabilidade biológica, com as consequências a exposição da falta de saneamento básico e o desprovimento de estruturas para ajudar na mobilidade social, tais como boas escolas, é o cenário do ambiente da grande parcela da população carente brasileira que reside nas periferias, crianças e adolescentes que são tragados pelo crime organizado, causando grandes prejuízos a economia, pois há queda de uma significativa parte da futura mão de obra ativa do país e perda de investimentos em vários setores por causa da necessidade de segurança. A vista disso, essa chaga social deve ser combatida, por ser um dos pilares da exploração sexual, pois se valem da necessidades e anseios desses jovens. É axiomático, que à exploração sexual infantil é o resultado de séculos de ensinamentos deturpados e o seu combate se dá em primazia no âmbito familiar. Cabe assim, ao Poder Legislativo a criação de projetos de leis, que torne hediondo a exploração e comercialização de tais práticas, para que assim possa coibir esse tipo de crime. Além disso, cabe ressaltar necessidade de maior participação das ONGs, que por meio de palestras, passeatas e visitação nas comunidades, possa levar conhecimento e levantar o assunto de modo conciso e prático, de maneira há conscientizar o combate e prevenção a esses casos.