A atual conjuntura política, social, econômica e jurídica brasileira impacta severamente no caos em que se encontra o mercado de trabalho. O cenário trabalhista brasileiro sempre teve uma aura obscura e autoritária, vide a própria origem da norma mais importante nas relações do trabalho, a CLT – Consolidação das Leis trabalhistas – que teve como inspiração a carta Del Lavoro do antigo regime fascista de Benito Mussolini. Essa atuação estatal na conjuntura do mercado de trabalho se intensificou na medida dos anos, limitando as ações empresarias e o poder de negociação entre empregado/empregador. Segunda Informações da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – o custo com encargos trabalhistas chega a totalizar quase o total gasto com o salário do trabalhador, ou seja, se o custo salarial de um empregado é R$ 1000,00, o custo com encargos trabalhistas beira os R$ 1000,00, sendo assim, um total de R$ 2000,00 reais de custo para cada trabalhador, sendo que metade deste valor cai nas mãos do Governo. Um ambiente de negócio extremamente regulamentado que acentua o mercado informal, diminui a arrecadação de impostos, interferindo na falta de incentivos aos investidores colocarem seus recursos no Brasil. Além do “custo Brasil”, nesta visão apocalíptica do mercado de trabalho, ainda temos a má formação profissional dos brasileiros, conforme últimas pesquisas divulgadas pela UCB – Universidade Católica de Brasília -, cerca de 50% dos formandos (800 profissionais entrevistados) são analfabetos funcionais. Além das normas trabalhistas burocráticas e da falta de incentivo de investimento no Brasil, as empresas terão severas dificuldades em encontrar recursos humanos qualificados, acentuando assim o caos do mercado de trabalho brasileiro. É importante que os setores empresariais brasileiros (FIESP e demais federações da indústria e do comércio) pressionem o poder legislativo na reestruturação das leis trabalhistas, desburocratizando e flexibilizando as relações empregado/empregador. A Dinamarca é um dos países com maior grau de liberdade na contratação e rescisão de um empregado, a formação de leis mais flexíveis culminaram em um ambiente empresarial mais empreendedor e relações trabalhistas menos truncadas e mais livres, aumentando o processo de divisão e especialização do Trabalho, que segundo Fayol, cientista das teorias gerais da administração, são determinantes para um processo de eficiência e eficacia nas organizações.