A competitividade no mercado capitalista é o propulsor de nossa evolução e consequente geração de empregos. Porém, com a recente crise econômica gerada pela política financeira errônea do governo, a oferta de empregos vem diminuindo rapidamente, deixando milhões de brasileiros sem uma posição no mercado de trabalho. A forma de atuação do Estado no Brasil quanto a economia e o mercado de trabalho é baseada em princípios já abandonados pela maioria dos países desenvolvidos, ocorrendo a necessidade de evolução quanto a essas políticas. O valor pago tanto para a contratação de um novo empregado, quanto para a demissão, são desestimuladores para admitir um novo funcionário. Os países cuja taxa de desemprego é considerada baixa, como a Alemanha e a Coréia do Sul, com respectivas médias de 4,5% e 3,4% de desemprego segundo a instituição Trading Economics, não apresentam custos para a contratação e demissão, o que estimula ao empregador a contratar o novo funcionário e, caso ocorram problemas, poder demiti-lo. Os altos impostos para se manter um funcionário no Brasil são um grande empecilho para a redução do desemprego, além de dificultarem um aumento do salário. O custo para o empregador manter um empregado no Brasil é muito maior do que apenas o salário, sendo a empresa responsável por pagar inúmeros impostos e encargos trabalhistas que encarecem manter um funcionário, podendo o valor chegar próximo ao dobro do salário do empregado, e consequentemente desestimulam a contratação de um novo. A formação de novos empregos no mercado está relacionada diretamente a formação de novos negócios, porém o processo de criação de uma empresa é custoso e lento. O tempo para estabelecer uma empresa no Brasil é de aproximadamente 6 meses, enquanto em países vizinhos, como o Chile, é de 7 dias. A burocracia brasileira, além de ser cara para o cidadão, atrasa e desestimula a geração de riqueza. São necessários treze procedimentos burocráticos para que inicie-se uma empresa no Brasil, enquanto em países desenvolvidos, como o Canadá, são apenas dois. Em vista dos argumentos apresentados, o ponto crucial para a redução do desemprego no Brasil é uma modernização do Estado, reduzindo os custos e burocracia, pois a lentidão e os elevados impostos dificultam a geração de empregos, acarretando o aumento do número de desempregados a cada dia. É necessária revisão da CLT para o mercado atual, gerando uma maior flexibilização devido ao mercado mais dinâmico que ocorre hoje, possibilitando ao Brasil igualar-se a outros mercados desenvolvidos ao redor do mundo.