O excesso de mão-de-obra e a baixa qualificação da grande massa são dois fatores que influenciam diretamente no mercado de trabalho do Brasil. A industrialização do país, que teve início na era Vargas, mas evoluiu muito no período em que JK governou, com o plano "50 anos em 5" de desenvolvimento, aconteceu de forma inadequada. Tanto a pressa, quanto o atraso em relação a outras nações fez com que deixássemos de lado questões importantes para a economia, a longo prazo. Com a abolição da escravidão juntamente com o monopólio dos grandes latifundiários, a maior parte da população migrou para os centros urbanos em busca de trabalho. Entretanto, a maioria não conseguiu emprego já que o país não era industrializado e as cidades muito pouco desenvolvidas. Com o tempo, este excesso de mão-de-obra gerou um mercado informal, que não era regulamentado e nem pagava impostos. Esta é uma das características do mercado de trabalho brasileiro até hoje. Após a onda de industrialização, que trouxe grandes multinacionais e contribuiu para o avanço tecnológico, a falta de qualificação da população vem sendo o grande problema das empresas. Apesar da taxa de trabalhadores formais (com carteira assinada) ter subido consideravelmente no governo Lula, atualmente muitas companhias contratam profissionais estrangeiros, por serem mais qualificados. Isso advêm da falta de políticas publicas efetivas que aumentem o acesso ao ensino superior, bem como especializações. Portanto, podemos identificar que o desenvolvimento industrial é sempre bem vindo, desde que seja executado de forma elaborada, para que beneficie a população como um todo, e não somente os proprietários e grandes produtores. O aumento da qualidade de vida deve ser considerado tão importante quanto o aumento do PIB, para que além de nos tornarmos uma grande economia, nos tornemos também uma grande nação.