No livro “O Capital”, de Karl Marx, a dinâmica do sistema de trabalho foi descrito com verossimilhança: existem os donatários das empresas e o proletariado – que trabalhará para o funcionamento do empreendimento. Ao analisar esse sistema, Marx concluiu que, em um determinado momento de saturação do capitalismo, ele definharia pela crise e o comunismo seria a solução. Como isso não se concretizou até hoje, não podemos achar que essa seria a resolução de todos os problemas. O país passa por uma crise econômica que tem como consequência o desemprego. Como Marx descrevera, o capitalismo atual está desequilibrado; isso, no entanto, já acontecera antes, como – por exemplo – a Grande Crise de 1929, que assolou os Estados Unidos e o resto do mundo. Ainda assim, o presidente da época, Franklin Roosevelt, com o plano econômico “New Deal”, criou estratégias para produzir empregos e reestabelecer a economia. Na Geografia, existe um termo que representa a classe de desempregados: o exército industrial reserva. Essa designação foi embasada no cenário da Primeira Revolução Industrial, quando o contexto tecnológico e a demanda por trabalhadores eram diferentes dos atuais. O termo, contudo, ainda serve para representar a concorrência por vagas de emprego. Isso se torna um ciclo no qual o desempregado não movimenta a economia porque não tem dinheiro, e o empregador não contrata porque não tem demanda. Para a quebra do ciclo, o Brasil poderia seguir o exemplo do plano “New Deal”. O governo poderia promover obras públicas, como postos de saúde e escolas, que – além de beneficiarem a população em geral – gerariam empregos. Esse projeto não poderia ser privatizado porque não criaria vagas de emprego, apenas repassaria o trabalho para empresas que já têm seus empregados fixos. A comunidade de desempregados deve manter-se informada e aproveitar as oportunidades. Assim, com parceria entre governo e população, o problema seria resolvido.