A celeuma sobre as profundas deficiências no mercado de trabalho no Brasil vem hodiernamente tomando espaço na sociedade. Consoante observara o ensaísta francês Joseph Joubert, o objetivo da argumentação, ou da discussão, não deve ser a vitória, mas o progresso das ideias. Por conseguinte, a importância de uma análise acerca da qualificação profissional, bem como da participação da mulher no mercado de trabalho é substancial para que haja soluções eficazes e peremptórias. É possível afirmar, que um dos principais gargalos que o desenvolvimento econômico nacional enfrenta é a carência de mão de obra qualificada. Com o advento da globalização, muitas empresas estrangeiras vêm investindo no Brasil. Porém, uma das dificuldades encontradas é a falta de uma demanda satisfatória de trabalhadores capacitados. Dessa forma, é cada vez mais comum empresas de alta tecnologia investir na criação de universidades corporativas, com a finalidade de preparar seus funcionários à suas estratégias de negócios. Além disso, conforme aponta o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apenas 47% das mulheres em idade economicamente ativa estão inseridas no mercado de trabalho formal. Isso revela outro cenário que necessita ser revertido com brevidade. Dessa maneira, deixa evidente a existência de resquícios de uma sociedade machista, que trata o sexo feminino, inclusive, com médias salariais inferiores aos homens. Segundo René Descartes, não existem métodos fáceis para solucionar problemas difíceis. Portanto, para atenuar os problemas ora apresentados, cabe ao Ministério da Educação ampliar a quantidade de Institutos Federais nas cidades interioranas, que priorize cursos técnicos voltados para as realidades locais. Somado à isso, elaborar programas específicos de inserção da mulher no mercado de trabalho, por exemplo, o Poder Legislativo elaborar uma lei que determine as empresas a terem metade de seu efetivo empregatício composto por mulheres.