Desespero, receio e esperança Desde a década de trinta o contexto do trabalho altera-se no Brasil, pois o país antes rural inicia a troca da enxada por grandes máquinas. A Revolução Industrial traz como consequência direta os aglomerados urbanos, cidades, que até então necessitava de mão-de-obra especializada, ou seja, que realizasse a mesma tarefa repetidamente. Embora já se tenha sido decorrido oitenta anos o potencial humano ainda encontra-se em sua maioria fadados a repetência, isto que aliado a crise econômica atual reduz os postos de trabalho formal, exigindo do empregado algo que vá além da simples qualificação. Em primeiro plano, é necessário apontar os avanços da tecnologia como contribuinte do quadro atual. Uma vez que a força de trabalho humana não acompanhou essas melhorias. A robótica, por exemplo, vem revolucionando os conceitos industriais e substituindo o homem em suas funções. Isto reduziu as vagas de emprego formal e também fez aumentar a concorrência por vagas abertas, de modo que um simples currículo não é o bastante, sendo necessário um conhecimento mais amplo e dinâmico. Outro ponto importante que influencia no mercado de trabalho é a baixa demanda comercial. Porque em um contexto de crise apesar da alta oferta, a demanda permanece baixa, fazendo os postos de trabalho despencarem, fato que vem em oposição a lógica do ciclo monetário, ou seja, menos emprego implica em menos dinheiro circulante, aumentando assim o chamado exército de reserva proposto por Karl Marx no século XIX. Em momentos como o atual é necessário a reflexão da construção da história brasileira, pois apesar de todos os avanços, principalmente no campo social, a sociedade brasileira ainda é dependente de muitos poucos, levando a uma corrida insana, desesperadora e cercada de receio, como a por vaga de emprego. Fica evidente, portanto, que a esperança por dias melhores traduz o sentimento do atual mercado brasileiro, no entanto, é necessário mais do que nunca estar mais preparado. Diante disso, cabe ao governo maior investimento em qualificação profissional com ampliação do Pronatec e tecno polos, universidades, além de voltar de incentivar o intercambio com o ciências sem fronteira e a expansão do sistema ‘’My English Online’’, além de trabalhar o lado econômico com medidas de injeção monetária como obras publicas.