Na sociedade paleolítica, os indivíduos trabalhavam, mas não eram trabalhadores, pois, nesse grupo, não havia divisão de trabalho nem uma relação de dominante e dominado. Na neolítica, com o processo de sedentarizarão, essa divisão e relação passou a existir, perdurando até os dias atuais. Entretanto, o presente mundo capitalista enfrenta um período de crise e recessão econômica e o Brasil é um grande afetado. Nesse cenário, o número de desempregados cresce no país. Muitos empregadores, para enfrentar a crise, estão demitindo e evitando novas contratações. Assim, vários desempregados buscam uma saída nos empregos informais e temporários. Uma vez que nessas ocupações a carteira de trabalho não é assinada, os trabalhadores não possuem os seus direitos asseguradores, como licença maternidade e férias. Vale salientar que com a divisão social do trabalho, a mão de obra tornou-se mais especializada na sua função e, cada vez mais, as empresas procuram funcionários mais qualificados. Além disso, a concorrência para um cargo elevado é menor, visto que menos pessoas possuem formação para desempenhá-lo. Assim, a inserção no mercado de trabalho, antes ocorrida aos 14 anos, passou a ser aos 21- 25 anos, quando os cidadãos terminam a faculdade. Soma-se a isso, a dificuldade dos mais jovens e das pessoas com mais de 40 anos conseguirem um emprego. No primeiro caso, a falta de experiência é o empecilho, pois a falta de prática pode resultar em um trabalho mais lento, afetando a rentabilidade da organização. Já no segundo, os indivíduos são vistos como atrasados, acostumados a métodos de trabalho antigos, não sendo tão criativos como os mais jovens nem possuindo o mesmo fulgor destes. Fica claro, portanto, que o governo deve investir em cursos de qualificação profissional, como o Pronatec, e incentivar o empreendedorismo, visando promover uma educação profissionalizante gratuita e de qualidade juntamente com novas formas de desenvolvimento econômico e social. Dessa forma, a população poderia enfrentar a crise que assola a nação verde e amarela.