O Brasil colonial, pautado na exploração da mão-de-obra não qualificada, sob condições de precariedade laboral, compõe a raiz histórica da realidade do mercado de trabalho no Brasil. Ainda que o país tenha passado por reformulações na estrutura econômica e social, o que se observa é uma relativa negligencia à capacitação profissional. Nesse contexto, a superficialidade das especializações faz com que os brasileiros se tornem dependentes da realização de atividades específicas e se distanciem da multifuncionalidade. Desde a implantação do Estado desenvolvimentista no Brasil, as políticas públicas estiveram voltadas para a geração de empregos, de modo a impulsionar a economia do país. Tal concepção trouxe consigo a ideia de formar técnicos e especialistas, a exemplo da criação do Pronatec. Nesse âmbito, faz-se necessária a inferência de que o crescimento de empregos técnicos, não necessariamente conduz à resolução do problema de qualificação da mão-de-obra, que de fato traz a segurança profissional e o avanço da economia brasileira. A empregabilidade consiste em um conjunto de habilidades que um indivíduo possui para torna-lo capacitado a exercer diversas atividades. Partindo dessa premissa, os esforços da população devem se concentrar no desenvolvimento de múltiplas competências. Desse modo, a situação do mercado de trabalho no Brasil pode adequar-se à oferta de mão-de-obra qualificada, independente da faixa etária, experiência anterior, gênero, classe social ou raça. É imprescindível, portanto, a compreensão do mercado de trabalho como um setor que influencia diretamente a situação econômica do país e por isso, merece a atenção da população e do governo. Nesse sentido, cabe aos brasileiros priorizar a valorização do conhecimento como forma de capacitação e ao governo, o estabelecimento de políticas educacionais que incentivem e forneçam apoio à comunidade brasileira que possui o potencial para alterar a realidade socioeconômica do país.