Na sociedade contemporânea, nota-se a cada dia que é crescente o número de casos de desemprego. Assim como a teoria Neo-Malthusiana relaciona o crescimento populacional e a quantidade de alimentos usando a matemática, já é possível afirmar que hoje, a quantidade de vagas cresce em progressão aritmética, enquanto o número de indivíduos aptos para o trabalho, em progressão geométrica. É inevitável lembrar que nos últimos anos o Brasil vem sofrendo uma crise econômica cada vez pior. Por conseguinte, alimentação, educação, cultura, e até mesmo necessidades básicas, como água e energia elétrica, estão mais caras. Com isso, em um modelo ideal de mundo, as pessoas teriam mais acesso ao trabalho para que pudessem alcançar ou manter o acesso a esses bens, diminuindo assim o impacto da tal crise. Entretanto, na realidade, está havendo uma proporcionalidade inversa em relação a isso, já que o governo e os proprietários de empresas privadas muitas vezes não conseguem remunerar parte dos seus funcionários, gerando uma demissão em massa e a não abertura de novas vagas. Não são necessárias estatísticas para perceber que a cada ano que passa, o número pessoas desempregadas recém formadas no ensino superior aumenta mais. Muitas vezes, esses indivíduos “investiram” grande parte de sua renda familiar em universidades pagas ou até mesmo em cursos preparatórios para a admissão em universidades públicas federais ou estaduais, e já se encontram em desvantagem considerando que, por não conseguirem emprego, não conseguem recuperar o dinheiro nem mesmo em longo prazo, o que já faz do “investimento” mais um simples “gasto”. Vale ressaltar que por conta dessa situação, só resta uma opção para o trabalhador que queira sobreviver em meio a crise: o trabalho informal. Pesquisas e estudos mostram que o mesmo tem crescido bastante, pois muita gente resolve iniciar algo provisório em um ramo muitas vezes distante do seu, mesmo sabendo que não terá carteira assinada. São bons exemplos os ambulantes, como os das praias, dos meios de transporte e dos semáforos. Hoje o país já é o segundo com o maior número de trabalhadores informais no mundo, perdendo apenas para a Bolívia. Apesar de todos os problemas que a atual situação causa no quadro trabalhista brasileiro, não há uma fórmula mágica que possa resolvê-los, porém, podem ser tomadas algumas medidas como a redução da carga horária de trabalho, fortes investimentos por parte do estado em obras públicas, e incentivos em atividades agrícolas, medidas que foram utilizadas e bem sucedidas no Novo Acordo, nos Estados Unidos, logo após a Crise de 1929.