O tráfico de animais, um dos mais lucrativos comércios ilegais no mundo, é caracterizado pela retirada desses de seus habitats naturais e destinados à comercialização. No Brasil, o país é um dos principais alvos do tráfico de bichos, contribui 10% de bilhões de dólares arrecadados com a atividade. Essa prática é cada vez mais enaltecida pela falta de uma rígida fiscalização e a negligência de quem utiliza desse tráfico. Com a maior diversidade de espécies da América do Sul, aliado ao seu extenso território é evidente que o Brasil seja um grande alvo do tráfico de animais, dos quais 90% são comercializados no seu próprio território nacional, segundo o geógrafo Wagner de Cerqueira e Francisco. Desse modo, é perceptível que a fiscalização é falha, já que, os altos percentuais de ocorrências desse crime continuam a aumentar. Ademais, outro ponto importante a destacar é a irresponsabilidade daqueles que sustentam o tráfico. Esses não possuem bom senso e nem conhecimento ao retirarem o animal do habitat e, consequentemente, afetando na desestruturação da teia alimentar pela ausência do nicho ecológico desse bicho na natureza. Isso demonstra que a noção das consequências negativas que esse comércio traz a natureza nesses criminosos é mínima. Em vista disso, é de suma importância que órgãos públicos brasileiros tomem medidas efetivas para a amenização do tráfico de animais. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), por exemplo, poderia investir na contratação de mais fiscais, aliado ao uso da tecnologia como na compra de “drones” para a fiscalização. Outra medida seria a divulgação por meio da Internet e Televisão aberta propagandas sobre os desastrosos malefícios que essa comercialização ilegal causa a natureza como meio de educação preventiva por meio da informação.