Em 2013, nós brasileiros, vivenciamos um acontecimento que salientou a gravidade da problemática que é o tráfico de animais no Brasil; foi o caso da Princesa Diamante: uma jiboia albina com os olhos negros, extremamente rara, a única já catalogada, foi ilegalmente vendida para um norte-americano, pela diretora do zoológico onde se encontrava a cobra. Um país extraordinariamente rico em biodiversidade, com uma carga genética inimaginável, é preocupante que seja facilmente sucumbido a esse cenário alarmante que é o tráfico de animais silvestre. Centenas de espécies já foram dizimadas por consequência da comercialização de vidas silvestres, tiradas de seu habitat devido o espírito capitalista e inconsequente do homem contemporâneo. Por muitas vezes, milhares de animais são encarcerados em ambientes inóspitos, submetidos aos maus-tratos e recebem má alimentação, levando, em parte das vezes, essas criaturas à morte. Esse contexto é altamente nocivo para as futuras relações intraespecíficas, ou até mesmo as interespecíficas, haja vista que na natureza há diversos ciclos em que cada espécie funciona como uma engrenagem crucial. As relações intraespecíficas são prejudicadas a partir do momento em que há perdas no número de indivíduos de uma mesma espécie, gerando assim a diminuição da reprodução destes, onde o índice de crescimento se sucumbe ao de redução. Ademais, aos que conseguem se reproduzir, há uma perda genética que é nociva para a qualidade genética das gerações posteriores. Já as relações interespecíficas, são abaladas quando uma espécie deixa de atuar em sua função ecológica, e em um efeito dominó, prejudica todo o ecossistema. Fica claro, portanto, que medidas devem ser tomadas para solucionar essa problemática que está onipresente em nosso país. O governo com o apoio dos BRICS, deve explorar mecanismos de proteção às fronteiras florestais, como por exemplo, com o monitoramento avançado por satélite, junto a um aumento de guardas-florestais, onde averiguarão periodicamente as regiões com maior fluxo de captura de animais, e também farão revistas em veículos que passam por estradas que ligam às matas. Cabe também a cada indivíduo denunciar qualquer atividade de exploração ilegal, só assim protegeremos uma das maiores riquezas que ainda restam em nossa nação.