Quando os portugueses aqui chegaram, o equilíbrio que os indígenas mantinham com a natureza, retirando dela apenas o indispensável à sobrevivência, foi desfeito. A cobiça dos conquistadores, influenciada pelo sentimento de superioridade em relação aos outros seres vivos, deixou um legado de extinção de espécimes e descaso com o meio ambiente que perdura atualmente. É importante entender que ameaçar a sobrevivência dos animais silvestres é colocar em risco toda a harmonia dos sistemas ecológicos e, por conseguinte, da vida humana. Como terceira atividade clandestina que mais dá lucro, o tráfico de animais tem um histórico de embasamento construído sob os pilares do Cristianismo. De acordo com a Bíblia, o homem tem soberania garantida frente aos outros membros do Reino Animal. Entretanto, deve-se atentar que o crescimento da população humana ao longo de milhares de anos impossibilitou o consumo sem consciência, o viver egoísta. Para garantir qualidade de vida às futuras gerações, o meio ambiente deve estar apto a dar os meios necessários. A biodiversidade brasileira acaba deixando o caso mais grave: o exotismo das espécies atrai contrabandistas de todo o mundo, tornando sua abrangência mundial. A própria população brasileira, às vezes ignorante dos seus atos às vezes não, é conivente com o tráfico ao possuir em suas residências animais que não são passíveis de domesticação. Fica explícito, portanto, que a falta de informação sobre o tema e a grande abrangência que o problema possui, unindo continentes, contribuem para a continuidade da situação. É preciso, assim, orientar as pessoas, através de panfletos e campanhas feitas pela mídia, para que elas não incentivem o tráfico ao comprar em feiras ou outros lugares animais cuja procedência é desconhecida. Também, as ONG direcionadas ao tema, conjuntamente a universidade, devem ministrar palestras atentando em prol do desenvolvimento sustentável e amigo da fauna. Dessa forma, retomaríamos o legado indígena de respeito à natureza e conviveríamos em paz com o que ela tem a oferecer.