O desenvolvimento sem precedentes da ciência no século XXI mostra que cada vez mais, essa depende dos recursos naturais e que a observação da natureza e seu comportamento, ao contrário do que se pensava no século XX, é crucial para a formulação de vários componentes industriais e tecnológicos. O Brasil, por ser um dos países com a maior diversidade animal do mundo, deveria aproveitar-se desse fato para impulsionar, por meio da preservação e observação das várias espécies existentes, a pesquisa e o estudo sistemático dessas e o consequente avanço em diversas áreas. Todavia, na prática, o que se observa é um grande descaso, apesar da atuação do IBAMA e outros órgãos ambientais, em relação às espécies animais silvestres, que muitas vezes são extintas silenciosamente. Primeiramente, é importante relacionar a negligente fiscalização vigente atualmente. É de conhecimento geral o fato de que atualmente, neste país, vigora uma das leis mais complexas e restritivas em relação ao direto dos animais, usada até mesmo como exemplo em outros países e convenções internacionais. Contudo, na prática, poucas medidas são tomadas para de fato prevenir a violação animal e a degradação da amazônia, com a extinção de várias espécies anualmente, junto ao conhecido tráfico de espécimes para estudos internacionais atestam isso. Ou seja, a negligência do país para com o bem estar animal prejudica não apenas esses, mas também todos os seres humanos e o próprio país, que deixa de aproveitar suas potenciais riquezas naturais. Além do tráfico para estudos e o prejuízo econômico nacional, é preciso destacar a necessidade de respeito aos direitos dos animais. O fetiche por ter animais silvestres em casa, como cobras, cágados e até macacos, acompanha vários seres humanos e isso é evidente no dia a dia. Como se fossem enfeites ou ornamentos vivos, animais silvestres são utilizados nas relações humanas como forma de demonstrar inconscientemente perante outras pessoas a capacidade de dominação sobre seres exóticos e também como forma de se destacar perante o resto da sociedade. Assim, os animais, como não têm a capacidade de protestar ativamente por meio da fala, acabam sendo obrigados a se submeter a diversas formas de abuso. Diante do exposto, infere-se a importância de que o governo federal estabeleça a obrigatoriedade de se proteger, por meio das forças armadas e com maior efetividade, as florestas de todo o território brasileiro, incentivando também manter as espécies nativas em território brasileiro seguras de traficantes internacionais e nacionais. É imprescindível também que o Ministério da Educação, juntamente ao Ministério do Meio Ambiente, insira em aulas de Biologia e ciências da natureza, temas relacionados à importância de se respeitar os direitos e a liberdade dos animais, visto que mesmo não se expressando semelhantemente a nós, esses têm sentimentos e características próprias.