O Brasil já nasce com o trafico de animais enraizado em seu território. Há 500 anos o país tornou-se um alvo cobiçado pelos contrabandistas por dois principais fatores: sua vasta biodiversidade e suas fronteiras sem controle algum. E até hoje esta “tradição” persiste, ameaçando os limites da natureza brasileira e enriquecendo corruptos e criminosos. Apesar de o Brasil já agir contra o contrabando de espécies silvestres, as medidas tomadas estão longe de ser suficientes, a falta de instrução da população e o lucro falam mais alto. O contrabando tem inicio no Norte e Centro do país e segue para o exterior ou para o eixo Rio - São Paulo, nos centros consumidores a demanda por animais exóticos e em extinção é enorme, e o mercado absorve cada “produto”. Além do prejuízo direto ao animal traficado, toda a sua espécie e ecossistema sofrem. Com a retirada de um grande número de espécimes da natureza, sua reprodução e evolução ficam comprometidas. Ou seja, a perda de cada animal soma-se a uma crescente espiral destrutiva, em que tudo que está ligado àqueles bichos declina ou se esgota. Outro grave problema decorrente de tal crime é na área da saúde pública. Esses animais carregam microrganismos nocivos à saúde humana, que podem vir a se disseminar e causar graves epidemias. Assim sendo, são nítidos os malefícios do tráfico de espécies silvestres tanto para animais como para a natureza em seu todo e ao homem. As leis ambientais já punem os infratores, falta ao Brasil o rigor na fiscalização de suas amplas fronteiras e de seus cidadãos corruptíveis.