O tráfico de animais silvestres no Brasil retira mais de doze milhões de animais de seu hábitat natural por ano, segundo a ONG Renctas. Além de ser um processo de extrema crueldade e exploração, o tráfico pode desestabilizar o ecossistema, afetando não só a espécie explorada como também muitas outras, incluindo o próprio homem. Devido a extensão continental a qual o Brasil possui, é bastante compreensível a dificuldade em monitorar as áreas onde vivem cerca de 10% de todas as espécies do planeta, conforme diz a revista Visão Jurídica. Devido a esta monitoração não-efetiva, os traficantes acabam possuindo a liberdade de circular nestas áreas e capturar estes animais indefesos para diversos fins, como a domesticação, a exposição em zoológicos e também para servirem de matéria prima para a confecção de acessórios e roupas no mundo da moda. Escondidos em lugares desconfortáveis, estes animais são levados para vários lugares, nas mais diversas formas. Animais pequenos, como o Mico-Leão-Dourado, já foram encontrados dentro de canos levados nas malas de traficantes, com o objetivo de passarem despercebidos para fora do país. Poucos são os animais que chegam vivos após estas viagens, outro motivo que os fazem ser tão valiosos aos olhos dos comerciantes ilegais. O número de animais entrando em extinção, devido a estes motivos, não é novidade para os brasileiros. Campanhas já foram feitas, porém, a partir do momento que não são mais veiculadas, elas perdem seu efeito. A maioria dos cidadãos brasileiros vivem em ambientes urbanos e, muitas vezes, com a correria do dia-a-dia, simplesmente não se lembram que animais nas florestas estão sendo extintos, principalmente por não fazerem parte de seu cotidiano. Por isso, essas campanhas são necessárias. Um povo consciente do que está comprando, não contribuirá para o tráfico e o traficante não terá para quem vender. Porém, apenas a conscientização do povo não será suficiente mediante as vendas para o exterior. O IBAMA, sendo responsável pelos direitos dos animais, poderá criar uma marcação das áreas de vivência dos animais silvestres via satélite, tendo o controle de qualquer movimentação duvidosa nestes territórios. Para isso, será acoplado a qualquer automóvel, ao passar por um posto de monitoração, um GPS que observará o trajeto da pessoa dentro da desta área. Além disso, um investimento na vistoria dos aeroportos, portos e rodovias, poderá impedir que estes animais sejam levados ilegalmente para fora do país, fazendo com que permaneçam livres em seu lar.