Violência. Transporte em espaços pequenos. Confinação. Lesões em patas, pernas, bicos ou penas. Estresse. Desidratação. Falta de alimento. Temperaturas muito altas ou muito baixas. São sofrimentos enfrentados pelos animais silvestres que sofrem com tráfico. Segundo a lei 9.605, a venda de animais silvestres é ilegal e constitui crime ambiental. No Brasil, a sua grande diversidade de fauna e flora chama atenção desde seu descobrimento. Esse olhar de ambição estrangeira perpetua até hoje e, aliado à impunidade quando traficantes ficam presos apenas por alguns dias, só favorece o contínuo hábito da prática do tráfico ilegal de seres vivos como plantas, mamíferos, répteis, anfíbios, entre outros, prejudicando ambiental, social e economicamente. A retirada desses seres de seu habitat natural provoca um grande impacto nas populações naturais locais, deixando de exercer suas funções como predadores, presas, dispersores de sementes, polinizadores, levando a extinção local ou até total da população explorada e um consequente colapso do ecossistema envolvido. Para a população, pode – se configurar um problema de saúde pública, já que, os animais silvestres podem apresentar parasitas naturais que posteriormente infectarão pessoas com diversas doenças como febre amarela, tuberculose, gripe aviária, raiva, etc Penas mais severas igualadas a crimes como o tráfico de armas ou drogas, podem ser de grande valência para o Estado na diminuição desse crime. O Estado pode oferecer acesso à informação pelas escolas, palestras, simpósios, ONG’s, televisão, entre outros veículos de mídia, para uma mudança cultural do que é ilegal, como denunciar a ilegalidade, como ter acesso a esses animais por meio legal, e qual a importância de um equilíbrio ecológico, fazendo dos cidadãos fiscais de sua nação.