No ano de 2015, o Brasil alcançou o terceiro lugar no ranking dos países que mais traficam animais silvestres no mundo. Apresentando assim, um cenário desafiador para órgãos públicos responsáveis pela preservação da fauna brasileira, como o IBAMA. O grande impasse para o fim o tráfico é a extensão territorial das matas e florestas, como o caso da Floresta Amazônica que é a maior do mundo, e isso dificulta o monitoramento das mesmas. E também o descaso da população quanto a este cenário atual, o qual é gerado devido ao sentimento de posse e domínio dos recursos naturais. Os animais são levados do território brasileiro para outros países da Europa ou America do Norte. Enfrentando viagens de 10 horas ou mais, em lugares apertados e prejudiciais. Dessa forma noventa por cento morre no caminho, e cerca de trinta por cento fica incapaz de voltar à natureza. Além de ficarem machucados, os animais entram em um nível de stress muito grande, causado pelos maus tratos e viagens longas, alguns animais começam até fazer machucados em si, como por exemplo, aves que começam arrancar as próprias penas. Contudo, além dos problemas causados aos próprios animais, existe uma alteração no ecossistema do qual o mesmo é retirado. É necessário relembrar que uma espécie ocupa um lugar em uma cadeia alimentar, em que um único indivíduo é necessário para o equilíbrio ecológico. Porém, os traficantes ficam indiferentes ao olharem essas consequências causadas aos animais e ao ecossistema, por causa dos grandes lucros obtidos. Uma arara azul, por exemplo, custa sessenta mil dólares, e um Mico leão dourado vinte mil. Ou seja, o tráfico gera um capital alto. E dessa forma os traficantes enfrentam os perigos da ilegalidade, como a prisão e multas, por causa do bom retorno financeiro. Entretanto, é preciso ressaltar que a máfia do trafico possui uma lógica capitalista, só existe oferta se existe procura. Logo, o governo deve investir em programas de conscientização da população, através de palestras feitas pelos trabalhadores do IBAMA, relatando os riscos de espécies extinguidas para o ecossistema, para que a procura diminua e assim, a oferta também. Além de aumentar o monitoramento nas florestas, por meio de radares, e aumentar as penalidades legais para esse tipo de crime. E dessa forma, não ocorra mais a extinção de animais e sim do tráfico.