Apesar dos pequenos momentos de ascensão econômica do País, o governo militar foi autoritário, ditatorial e utilizou-se de censura e repressão (Ato Institucional nº.5) para frear os movimentos sociais de “redemocratização”. No entanto, é importante salientar que grande parte desses movimentos sociais não tinham um caráter tão democrático assim, pois a origem de seus ideais circundam teorias de personagens históricos também autoritários e ditatoriais como Trotski, Lênin e o anarco socialismo à lá Bakunin. Membros destes movimentos conseguiram fundar variados partidos políticos, desde Partido dos trabalhadores de origem dos movimentos sindicais, Partido Comunista do Brasil, etc. Estes membros conseguiram amplo apoio e se destacaram na formação de leis, principalmente, na formação da Constituição de 1988 – a Constituição Cidadã. O grande problema a destacar é que a sociedade em si não teve e ainda não tem um amplo conhecimento sobre a Constituição de 1988 e sua influência na estrutura democrática Brasileira. A Constituição Cidadã possui inúmeros pontos críticos quanto a sustentabilidade da democracia, a exemplo o caso do Presidente da República poder nomear aqueles que vão julgá-lo. Trata-se de um exemplo claro do excesso de poder da autoridade maior e de falha no sistema de julgamento dos atos do cargo máximo do Poder Executivo Federal. Grande parte da população não tem conhecimento dos furos constitucionais que desencadeiam verdadeira institucionalização da corrupção no País. Para um processo real de redemocratização, inicialmente, a população teria que ter conhecimento do processo legislativo, principalmente a Constituição. Neste ponto instituiria de forma obrigatória a disciplina Direito Constitucional no ensino médio em todo o sistema educacional, através deste processo uma boa parte da população tornar-se-ia ciente da constituição que rege o país e, em um futuro próximo, uma geração capaz de formular uma constituição mais libertária, social e justa.