De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, a sociedade contemporânea caracteriza-se pela efemeridade coletiva. Nesse sentido, averígua-se, desde o inicio do século vinte, a instabilidade política, o que ocasionou sessenta e quatro anos de privação para o eleitorado de presidente da república. Com efeito, pressupõe-se uma análise histórica e econômica da redemocratização brasileira. Sob essa conjectura, na constituição republicana de 1891, ocorreu o primeiro voto direto para presidência, induzindo o país ao básico da democracia. Contudo, na década de 30, Getúlio Vargas estabeleceu o Estado Novo, no qual perdurou no poder por quinze anos autoritários, fomentando diversas práticas que feriram o preceito de o povo governar. Nesse viés, a Ditadura Militar emergiu no ano de 1964 com a justificativa que iria combater as ameaças comunistas, e por isso ganhou o apoio da população. No entanto, o movimento distorceu-se e passou a abolir as instituições democráticas, impondo um regime de exceção e de censura às entidades nacionais. Desse modo, com o fim do autoritarismo, o povo foi às ruas com o movimento Diretas Já, reivindicando para eleições presidenciais imediatas, sendo considerada a maior manifestação de redemocratização no Brasil. Além disso, protestos a favor da abertura econômica disseminavam-se, já que o país vivia um período de alta inflação. Dessa forma, houve o aumento do desemprego estrutural e a incapacidade dos setores públicos de gerarem emprego, com isso, os governos da época estabeleceram planos de estabilização econômica, visando reduzir o déficit das dividas externas. De maneira análoga, a atual economia do país obteve avanços no que se refere a proporcionar os indivíduos conscientização democrática, tendo em vista que bolsas de auxílio financeiro oferecidas pelo governo garantiu a escolarização dos jovens, formando seres capacitados para o mercado de trabalho, restaurando a economia da nação. Infere-se, portanto, que a redemocratização no Brasil foi necessária para garantir a soberania do povo. Cabe ao Poder Legislativo, sancionar leis que protejam os direitos dos cidadãos perante o governo, garantindo a democracia. Ademais, o Ministério da Fazenda deve realizar consultas públicas e conferências sobre as medidas econômicas tomadas, objetivando a aprovação do povo. Paralelamente, as escolas podem realizar debates sobre redemocratização, através de núcleos de história, propondo uma conscientização dos alunos perante o atual cenário político. Assim, o país alcançará a verdadeira posição de Estado Democrático de Direito.