O período do regime militar no Brasil entre as décadas de 60 e 80 foi bastante conturbado. Muitos dos direitos políticos foram retirados, mas isso não impediu que as pessoas continuassem manifestando, das mais variadas formas, suas insatisfações com a situação política presente. O ato de se manifestar em relação à política é um direito que, por vezes, dentro da história do Brasil e até mesmo atualmente, não tem seu exercício garantido. Entretanto, essa continua sendo uma das principais armas que a população utiliza para expressar ao governo a necessidade de resistência ou revolução de algo. Dessa forma, além de afetar a sociedade, essas manifestações também podem ameaçar o Estado, o qual pode ter uma reação positiva ou negativa sobre isso, o que muitas vezes é expresso pelo sufocamento de passeatas até o controle da mídia. Por conta disso, não se pode considerar que esse direito político é totalmente garantido. Embora a manifestação física seja a mais comum e visível, esta não é a única alternativa. Muitas pessoas, através dos meios de comunicação, expressam suas opiniões, realizam pesquisas públicas e criam abaixo-assinados. Tudo isso contribui ao influenciar a participação política da sociedade, assim como, a liberdade de expressão. No entanto, para que isso seja eficaz, deve-se eliminar todas as fontes de informação não confiáveis, que podem gerar a alienação do indivíduo. Portanto, é preciso que, antes de se manifestar, o indivíduo tenha tido a oportunidade de realizar uma reflexão crítica, para que suas ações sejam conscientes. Para Aristóteles, o ser humano é o único animal capaz de produzir política, sendo a manifestação uma das ferramentas que o povo possui para realiza-la, por isso, é tão importante a sua garantia. Portanto, é preciso que o Ministério da Educação lance projetos que incluam debates frequentes relacionados à política em todas as escolas. Além disso, os movimentos sociais também devem realizar palestras nos bairros, a fim de que a população tenha um maior esclarecimento sobre o tema.