Em 31 de março de 1964, foi deposto o então presidente democraticamente eleito João Goulart (Jango) e teve o início a séries de eventos que culminaram no Golpe Militar. De fato, esse episódio ganhou forças pelo receio dos latifundiários que o líder do Estado pudesse tornar a nação em um país comunista, portanto sendo o estopim da transgressão do sistema democrático para o regime ditatorial. Hoje, a sociedade democrática brasileira relembra os bastidores dessa transição como: violação da liberdade, dos direitos humano e assassinatos. Quem quiser compreender esse panorama, deverá analisar a influência da força armada brasileira contra a própria população. Só assim será possível perceber a complexidade do fato. Ao fazer a análise da violação da liberdade, busca-se descobrir as causas primárias da situação. Nesse período as mídias tornaram-se vitimas de censura nos quais sofriam as manipulações dos militares nos artigos e nas reportagens que retratasse a situação do país, deveriam estimular à visão “benéfica” do sistema implantado, “maquiando” os atos sangrentos dos militares. Foi nesse perfil ardil e valores distorcidos que se formaram a base da crueldade e a raiz da indiferença dessa veemência. Nessa perspectiva, a descrença e o medo tomaram parte da sociedade. É preciso frisar, por outro lado, há numerosos casos de protestantes e políticos que foram submetidos a cárceres privado e torturas. De fato, a retaliação militar abrangeu vários níveis sociais, caucionando a revolta armada do povo o contra as forças, no entanto esse episódio foi destaque nas mídias internacionais com o titulo “VOZ DA LIBERDADE”, massas se reuniram com único propósito a derrubada do sistema ditatorial no país em um só grito sufocado por democracia. Isso explique as perversidades cometidas pelos os militares contra a sociedade. Para agravar as circunstâncias, os dados estatísticos demonstram que nos 21 anos de ditadura houve 5.300 casos de assassinatos e sequestros. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata que: “Esses números são estimativas entre assassinatos e sequestros e também têm os registros dos desaparecidos cerca de 2.300 pessoas envolvidas nos protestos que foram dados como mortos e até a data não acharam os corpos, o que reflete a impetuosidade e a truculência dos assassinos.” Parece filme de ficção no estilo de terror, no entanto trata-se da realidade. Por conseguinte, expõe a violação dos direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros. Torna-se evidente, portanto, que o regime ditador é a forma brutal e egocêntrica de governar uma nação. A sociedade tem o papel – fundamental na revitalização da democracia e nas transformações da política do país - para alcançar igualdade, prosperidade e o bem-estar para todos, ou seja, promoverem a estabilidade política e a implantação de serviços essenciais como justiça, educação e saúde e entre outros, portanto solidificando a consciência dos valores da democracia para construção de um país justo e igualitário. Afinal, um país democrático é resultado de luta, justiça, liberdade e evolução.