Desde a Grécia Antiga, quando o primeiro conceito de democracia foi formado, essa forma de governo já passou por várias alterações ao longo da história da humanidade, até consolidar-se no modelo atual. Todavia, no Brasil, após o término da Ditadura Militar, no final do século XX, a nova democracia - ou redemocratização - tem-se dado de modo insatisfatório, estagnando o progresso brasileiro. Deve-se considerar, primeiramente, que democracia é o governo do povo para o povo, e se manifesta de duas maneiras distintas: direta e indireta. Esta, vigente no Brasil, caracteriza-se pelo fato da população, através do voto direto, escolher seus representantes, forma de governo conquistada através das "Diretas Já". A redemocratização brasileira, contudo, é considerada imperfeita, de acordo com pesquisas realizadas pelo instituto da revista "The Economist", que posiciona o país como 47° colocado no ranking democrático mundial. Tal posição é consequência da deficiência em diversos setores, como, por exemplo, na cultura política do país, uma vez que o interesse da sociedade brasileira pelo ramo é diminuto. Entretanto, segundo Platão, só existirá uma revolução ou mudança se houver uma crise, ou seja, é indubitável que uma crise, seja ela qual for, causa certo desconforto ao indivíduo, o que o motiva a mudar ou ocasionar uma mudança. Porém, a sociedade brasileira, apesar de estar em meio a uma crise democrática e política, não se vê impulsionada a ocasionar uma transformação. Em suma, movimentos como o "Vem pra Rua", ocorrido em 2013, são essenciais, desde que entenda-se as causas pelas quais está protestando. De certa forma, a redemocratização brasileira ocorre lenta e gradualmente não porque o povo encontra-se "alienado", mas sim acomodado à situação governamental do país. Fica evidente, portanto, que o anseio por uma redemocratização plena será saciado a partir do momento em que o Brasil conscientizar-se de seu verdadeiro significado. Para isso, é necessário que a sociedade busque, constantemente, por informações a respeito de seus representantes políticos e seus feitos. Ademais, a escola, em parceria com a família, deve trabalhar no interesse dos mais jovens pela vida pública, através de disciplinas e debates que formulem suas visões políticas, para que, futuramente, tomem suas decisões com sabedoria. Com isso, a democracia se dará de modo mais satisfatório, contribuindo, assim, para a ordem e o progresso nacional.