Com o início da Ditadura Militar, em 1964, ocorreu o refreamento da democracia, retirando do cidadão o poder de expressão opinativa do mesmo.Nesse prisma, no Brasil pós-moderno, a construção de um cenário de redemocratização torna-se atual, na medida em que a sociedade ainda vive ineficácias democráticas. Nesse contexto, uma dinâmica problemática é inserida, seja pela errônea mentalidade social, seja pela incipiência de liberdade de expressão. É indubitável que o deturpado pensamento da população está entre as causas do problema. Quando uma questão é ignorada no âmbito social, abrem-se portas à acriticidade, suscetibilizando os cidadãos ao rebaixamento do sentimento democrático. Corroborando com o filósofo Durkheim, que afirmou que a sociedade age de forma coletiva e coecertiva, o povo se aloca, como um todo, em um espaço comum, analisando de forma generalizada as questões voltadas ao processo que confere atos de democracia. Por conseguinte, ao não debater e refletir de forma crítica os assuntos que inferem na realidade contemporânea, retarda-se o processo de redemocratização. Além desse fator, a carência de liberdade de expressão também problematiza o tema vigente. No Estado Novo, período protagonizado pelo presidente Vargas, o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) foi um instrumento de censura usado para manipular a população. Sob esse ângulo, a autonomia de manifestação brasileira foi reprimida na medida em que a imprensa autoritária ditava as regras de transmissão. Dessa maneira, os cidadãos, por terem acesso à informação de apenas um cunho partidário, voltavam suas opiniões ao que viam nas mídias. Assim, potencializa-se conflitos que impedem a construção de um cenário favorável à realocação da democracia no contexto atual. Destarte, em vista de erradicar tal paradigma, intervenções são oportunas. De acordo com os argumentos supracitados, urge que o Governo Municipal adicione ao calendário dos municípios a realização de oficinas quinzenais denominadas:”Mas, por quê?”. Nelas, sociólogos devem debater com os moradores de forma descontraída, com auxílio de cartazes ilustrativos, sobre temas políticos sob uma ótica crítica. Em conjunto, torna-se imperativo que o Governo Federal incentive a prática da liberdade de expressão e imprensa reproduzindo vídeos de curta duração em TV de rede aberta abordado a questão da não opressão em mídia. Nesses vídeos, a mensagem deve ser modelada de forma que a população compreenda que a democracia deve ser expressa por todos cidadãos sem medo de repressões- como ocorreu no século passado no Brasil. Assim, em antítese ao Estado Novo e à Ditadura Militar, a redemocratização se construirá de modo mais compatível aos seus objetivos.