A plenitude democrática, nos últimos anos, tem sido o sonho de vários Estados. A princípio, democracia é considerada, por muitos políticos, como um exemplo de governo, no qual a soberania do povo prevalece. Porém, é preciso ressaltar que, segundo o francês Rousseau, os governos só existem devido a um “contrato social”, ou seja, deve haver um acordo entre governante e governados para que haja uma democracia plena. Entretanto, por outro lado, o Brasil não tem vivido deste harmonioso equilíbrio, visto que a sociedade e o governo não têm atuado de maneira conjunta e articulada em prol de toda a nação. Em primeiro lugar, vale lembrar que, através dos anos, a população brasileira tem sido efetiva e se demonstrado ativa na busca pela democracia. De certo que a terra de belezas ímpares e naturais também tenha sofrido, por anos, à ditadura militar, pela qual o cidadão se viu a frente ao medo, tornando-se inativo, sem escolha e marginalizado pelo período. Contudo, em seus primeiros passos, na década de oitenta, a luta democrática se fez ativa pelos guerreiros, que buscavam o pluralismo político e o equilíbrio econômico. Por isso, o país é marcado, até aos dias atuais, por movimentos sociais democráticos igualadores, como o “Diretas Já”. Em contraste com a população, estão os governantes, que insistem em praticar uma política de interesses pessoais que, em sua maioria, visam à classe de nobres empresários, esquecendo-se, pois, do povo brasileiro mais pobre. Por consequência deste fato e por não agirem de forma igual aos planos de todos, o país, de acordo com a revista “The Economist” e o seu instituto de pesquisa - “Economist Intelligence Unit” -, caiu de 41º para 47 º entre os 167 países analisados no índice democrático de 2010. Ademais, um país que prioriza os objetivos políticos de uma minoria e marginaliza os de uma grande maioria não deve ser chamado de país democrático. Portanto, a busca brasileira pela plena democracia apenas permanece nos sonhos e na atuação de seus patriotas. Todavia, isto ainda não é o foco de alguns governantes, que não consideram o “contrato social” de Rousseau o fundamento básico de uma nação democrática. Sendo assim, a população deve cobrar medidas efetivas a esse tipo de problema social aos seus candidatos, por via de dispositivos previstos em lei, como as petições, de tal forma que uma sociedade melhor seja alcançada. Os representantes do povo devem priorizar as necessidades de seus governados, utilizando-se de debates entre ambos, a fim de que uma pátria redemocratizada possa se consolidar. Além disso, a mídia deve não só informar, mas também desenvolver práticas reflexivas que atinja aos seus usuários, para que possam atuar democraticamente. Este cenário poderá ser, pois, modificado somente se todos agirem juntos.