Apesar de criminalizado, o aborto ocorre frequentemente no Brasil. O grande número de abortos clandestinos no país provoca morte de centenas de mulheres por ano. Esse número pode diminuir se determinadas medidas forem tomadas, porém tais medidas são difíceis negociações em um país marcado pela forte presença da religião. A proibição da interrupção das gestações está fortemente ligada a moral dos cidadãos, já que o sistema social sul-americano está baseado sobre pilares religiosos. Seguindo seus dogmas, o cristão, não pode interromper uma gravidez, entretanto sua liberdade religiosa não deve interferir nas escolhas do estado e resultar em preconceitos, considerando que isso já ocorre. Por isso, o estado deve se manter laico, garantindo o direito do próprio corpo à mulher, livrando-as de preconceitos e culpa. Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, a mulher possui direito a escolha de continuar ou não uma gestação. Essas nações são exemplos de que a descriminalização do aborto causaria vários benefícios a sociedade brasileira. Um exemplo é a diminuição das mortes de mulheres em clínicas clandestinas, uma vez que mulheres pobres morrem todos os dias em procedimentos precárias e irresponsáveis. Levando em consideração os argumentos expostos, está claro que a mulher deve possuir autonomia sobre seu próprio corpo. Sendo responsabilidade do governo garantir tal autonomia, agindo através da regularização do aborto e incentivando programas de apoio para pessoas nestas situações. Por fim, a sociedade deve atuar criando diálogos em escolas e âmbitos sociais, preparado a sociedade para lidar com essa questão.