É necessário considerar que a autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação está aquém de sua escolha. Isso é afirmado, pois existe lei federal no país a qual proíbe tal ato. Não obstante a isso, são realizadas intervenções ilegais as quais colocam em risco a vida da mulher. Desse modo, medidas cujo objetivo seja alterar essa realidade são necessárias. É importante frisar que existe na sociedade um tabu ao se tratar do assunto aborto. Isso se deve ao julgamento os quis a sociedade faz do que consideram certo ou errado, além da religião e conhecimentos acerca do ato. Contudo, toda a discussão necessita considerar que a mulher alvo do assunto, também, tem o direito se expressar e, no atual cenário brasileiro, isso não acontece devido o julgamento social. Assim, verifica-se que a pressão existente prejudica o direito de decisão da mulher a qual é levada a pensar como a maioria que a cerca. Ainda, tal pressão pode levar ao desenvolvimento de doença, como, por exemplo, a depressão. Não se deve deixar de mencionar os problemas oriundos do aborto ilegal. Dentre os principais, pode-se citar a morte, uma vez que o procedimento não é assistido por especialistas. Ademais, caso o citado não ocorra, existe a possibilidade de a mulher ter complicações, como se tornar estéril. Ainda, algumas não se sentem aptas a serem mães naquele momento, mas o desejam no futuro. Desse modo, são impedidas de realizar a vontade futura, pela negligência do Estado frente a situação, ao realizarem o procedimento ilegal. É imprescindível, portanto, a atuação do governo e da sociedade civil frente ao péssimo cenário da autonomia feminina. Esta, deve realizar encontros em suas comunidades a fim de discutir a respeito do tema e verificar a possibilidade de solicitar um referendo ao governo. Aquele, primeiramente, deve prestar apoio médico a mulher que realizou a intervenção e, convocar a população para repensar a atual lei.