Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 06/12/2015

O aborto da mulher brasileira é um tema notório, visto que referencia as controvérsias e heterogeneidade do modo como a população pensa e age acerca da autonomia do sexo feminino nos casos de interrupção da gestação. Afinal, elas devem possuir legítimo arbítrio para a realização deste procedimento ou serem condenadas por tal alto? De fato, com o avanço da medicina e dos aparatos de comunicação, os meios para que uma mulher consiga a cessação da gravidez está se tornando a cada dia mais acessível, porém, a clandestinidade do aborto está transformando a solução de um problema, o qual é a gravidez indesejada, em um novo calvário, prejudicando a saúde da gestante por meio de uma mão de obra inescrupulosa que somente visa ao lucro. Esta situação é vigorosamente relacionada com a ilegalidade do aborto no Brasil, uma vez que, em razão dessas mulheres serem punidas conforme as leis vigentes do país, grande parte delas optam pelo serviço ilegal de aborto, portanto, é imprescindível a legalização deste por parte do governo. Tomemos como exemplo a França, país o qual há menos de uma morte por ano em decorrência do aborto, por permitir à mulher fazer suas escolhas, já no Brasil que é ilegal, morre milhares delas. Outra ocorrência que perdura na sociedade brasileira é a pressão exercida demasiadamente por alguns religiosos sobre os seus fiéis a fim de apossar de seus ideais fazendo-os involuntariamente discriminarem as mulheres que divergem de sua conduta a respeito do aborto. A disparidade de opiniões deve ser corretamente administrada tanto pelas entidades religiosas, quanto pelas políticas de fiscalização feitas pelo governo com o fito de amenizar os conflitos envolvendo as gestantes. Diante do exposto, vemos que neste cenário de contestações, a principal vítima é a mulher e em virtude disso, cabe ao governo prestar serviços de qualidade que auxilie fisicamente e psicologicamente a gestante que pretende abortar, à mídia ao divulgamento de informações relativas a essa escolha através de seus recursos, como televisão, rádio e jornal por exemplo, e à família o seu apoio. Todos estes fatores são primordiais para que a autonomia da mulher nos casos de interrupção da gestação seja alcançada.