Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 14/08/2018

Depois de inúmeras mudanças na sociedade, a mulher vem, ao longo dos séculos XX e XXI, adquirindo grandes conquistas, como o direito de votar. No entanto, há um retrocesso presente no país, onde a mulher não possui o direito da escolha se quer ou não gerar um filho, apenas em casos de estupro ou quando apresenta riscos à gestante ou o feto. Com isso, surge a problemática a respeito da criminalização do aborto, onde persiste por apresentar raízes históricas e religiosas. O brasil ainda não conseguiu se afastar de uma sociedade patriarcal, onde o homem tinha poder sobre a mulher. Hoje, no tocante ao aborto, é o Estado que está exercendo o poder sobre elas, impedindo-as de obterem a escolha se quererm ou não prosseguir com a gravidez. De acordo com o médico ginecologista e obstetra Cristião Rosas, proibir e tratar o aborto como crime, não vai impedir grávidas de interromperem sua gravidez. Consequentemente, mulheres de todo o mundo continuarão colocando sua vida em risco se esse fato continuar criminalizado. Apesar do Brasil ser um país laico, a religião ainda influencia a decisão dos indivíduos a respeito do aborto, onde a partir da fecundação já é considerado uma vida. Contudo, segundo o Conselho Federal de Medicina, a interrupção da gravidez até o 3º mês é viável, visto que o sistema nervoso do feto ainda não está formado e o risco para a mulher é minímo. Conforme a OMS, 47 mil mulheres morrem todos os anos por complicações decorrentes do procedimento. Sendo assim, a descriminalização do aborto, pautada pela ética e bioética, diminuirá também as mortes de mulheres que passarão pelas clínicas clandestinas. Percebe-se, portanto, a necessidade de haver uma evolução social no Brasil, para que todas as mulheres tenham direito à escolha de gerar um filho ou não. Sendo assim, o STF deve trazer essa proposta em discussão, onde deve levar em conta a opinião da população, em especial às mulheres, onde poderão usufruir de seus direitos como cidadã. Só assim, o número de mulheres mortas irá diminuir, juntamente com a diminuição de crianças vivendo sem planejamento familiar ou sem condições de moradia e estudo.