Os três maiores filósofos da humanidade, Sócrates, Platão e Aristóteles, defendem de alguma forma o aborto, sendo que o primeiro o considera "Direito materno". Direito este que é proibido no Brasil porém, é realizado em larga escala, de maneira clandestina, oferecendo muitos riscos à saúde da mulher. Apesar de vários países exemplo e inúmeros especialistas defenderem a interrupção da gestação, o Brasil insiste, juntamente com as igrejas, em limitar a autonomia das brasileiras. Mesmo com a ilegalidade do aborto, esta pratica mata uma mulher, em sua maioria pobre, a cada dois dias no Brasil. Diante deste fato o médico Drauzio Varella considera a falta de autonomia da mulher, para interromper uma gestação, uma hipocrisia, pois quem tem dinheiro realiza o procedimento com maior segurança, enquanto os que não tem condições financeira se arriscam, na clandestinidade, à sua vida. Foi em busca da diminuição da mortalidade feminina, que países como a França e o Uruguai legalizaram o aborto, investiram em políticas públicas de prevenção à gravidez indesejada e em educação sexual, e perceberam que mesmo com a descriminalização houve redução nas taxas de morte das mães e até mesmo nas próprias interrupções. Ainda que exista uma grande quantidade de especialistas defensores e países bem-sucedidos o Brasil insiste em considerar o aborto como crime, devido as influências religiosas, que fazem parte da história e de bancadas políticas do país. Esta instituição compara a interrupção com o infanticídio. Diante dos fatos apresentados fica evidente que a decisão de realizar o aborto deve ser de autonomia da gestante. A nação, por sua vez, precisa rediscutir sobre tal assunto e oferecer estruturas de qualidade caso a mulher optar pelo processo. O Ministério da Educação juntamente com o Ministério da Saúde, afim de alertarem para uma possível gravidez indesejável, necessitam investir em educação sexual nas escolas brasileiras.