Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 29/10/2017

O aborto é o responsável por uma das principais causas de morte materna no Brasil. Considerado, judicialmente, ilegal, com exceção das gestações fruto de estupro e em fetos anencéfalos, esse assunto é sinônimo de polêmica nacional. Dentre diferentes pontos de vista, prevalece à opressão sobre a autonomia feminina na escolha do abortamento. Tal cenário é oriundo de ideologias religiosas, ou de qualquer outra ordem, que excluem o direito que a mulher tem sobre o próprio corpo. Após o falecimento de um indivíduo é proibido, legalmente, que os órgãos sejam retirados para doação sem que essa fosse uma vontade da pessoa. Porém, é visto como crime a escolha de uma mulher em interromper a sua gestação. Nenhuma mulher engravida em momento indesejado, especialmente, para cometer o aborto. Entretanto a determinação do que fazer nessas situações, em seu próprio corpo, não é dela. Contudo, apesar de correr risco de ser presa, uma em cada cinco mulheres já cometeram o aborto, conforme mostra a Pesquisa Nacional do Aborto. Por conseguinte, os movimentos do gênero “a favor da vida” reprimem o Estado que é contido por uma sociedade hipócrita e sem instrução. Dessa forma, financiam o mercado clandestino, pois é nesses lugares que as mulheres encontram uma solução que, muitas vezes, lhes custam à vida. Aliás, conforme dados da Organização Mundial de Saúde, 70.000 mulheres morrem por ano devido ao aborto. Assim, nesses casos, “ser a favor da vida” é paradoxal, uma vez que, conforme esses dados, morre uma mulher a cada 7 minutos no mundo, devido ao abortamento. Logo, nota-se que o aborto é crime só para quem não tem dinheiro, pois clínicas clandestinas de excelente qualidade cobram caro e funcionam silenciosamente no país. Portanto, para solucionar este impasse é necessário, que o Brasil caminhe rumo à legalização do aborto. Para isso, em primeiro lugar, o Governo Federal deve veicular campanhas midiáticas a fim de informar à população sobre os números de mulheres que morrem por praticarem o abortamento e mostrar como isso gera despesas para o setor de saúde pública. Além disso, o Ministério da Saúde, em parceria com Conselho Federal de Medicina, deve promover palestras nos setores públicos e privados, levando, também, informações às pessoas através de casos científicos, dados de pesquisas e esclarecendo dúvidas sobre esse assunto. Por Fim, o Poder Legislativo deve aprovar uma lei que autorize à mulher a ter autonomia sobre as suas escolhas e o seu corpo.