Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 23/05/2016

Em meados do século XVIII a escravidão era vista como normalidade. A pequena parcela da população que era contra isso enfrentavam uma moralidade social deturpada que acreditava na superioridade racial. Vive-se, atualmente, um cenário análogo no que diz respeito a autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.De um lado existe aqueles que acreditam que não cabe a mulher tal decisão, de outro , os que defendem tal direito. Nesse contexto é necessário frisar a proibição do aborto não tem efeito prático e muitas vezes contribui para seu aumento no país. Em primeiro lugar deve-se atentar para o aspecto social. Seja por preceitos religiosos, seja por uma moralidade tendenciosa, a maior parte a sociedade brasileira é contra a legalização do aborto. Muitos são levados a acreditar, por falta de informação, que a regulamentação dessa ação levaria a um aumento no números de casos. Entretanto, com a ilegalidade de tal procedimento muitas mulheres, por medo da reação social, fazem o aborto antes de comunicar ao parceiro ou a família.Já em países onde o esse procedimento é permitido o casal que pretende realizar o aborto deve realizar sessões com psicólogos, sendo que a maior parte desiste de realizar o aborto. Logo a constante luta contra a autonomia para a interrupção da gravidez acaba tendo o efeito contrário ao pretendido. Outro fator que deve ser levado em consideração é que mesmo com a criminalização do aborto ele ainda é praticado. Porém de maneira clandestina, muitas vezes sem minímas condições de higiene. Paralelamente a isso existe uma segregação socioeconômica. Pessoas com recursos financeiros acabam pagando cor clínicas de melhor qualidade que ofereçam esse tipo de serviço, enquanto as mais desprovidas financeiramente, muitas vezes, recorrem a profissionais não qualificados ou tentam realizar o aborto por conta própria, resultando muitas vezes em morte. Tendo em vista o exposto, a criminalização do aborto é ineficiente, pois em nada impede sua prática. A regulamentação da lei é,portanto, necessária .Porém deve vir conjuntamente com auxilio as mulheres que querem optar por essa ação e acompanhamento psicológico para melhor compreensão dos risco e consequências dessas ações.Conjuntamente a isso campanhas governamentais com o intuito de desmistificar o aborto e conscientizar a população sobre as consequências do ato terá maior efeito pratico na diminuição dos abortos que a proibição.Pois como disse o 1° mistro francês Armand Richelieu, no século XVII : "Fazer uma lei e não velar pela sua execução é o mesmo que autorizar aquilo que queremos proibir."