Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 07/06/2017

Em agosto de 2014, o caso da auxiliar administrativa carioca Jandira Cruz revelou a crueldade das clínicas clandestinas de aborto ao ser encontrada mutilada e carbonizada dentro de um carro, após complicações durante o ato causarem sua morte. Infelizmente, óbitos como a de Jandira não são casos isolados e, desta maneira, convém a análise da conjuntura de interrupção da gravidez no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, elaborada pela Universidade de Brasília em 2010, por minuto, uma brasileira realiza o aborto no país. Além disso, a Organização Mundial afirma que a cada dois dias há uma morte decorrente do procedimento clandestino, transformando-se na quinta maior causa de morte materna e numa questão de saúde pública. Outrossim, alguns problemas impedem a resolução do impasse. Um exemplo disso é o fato do aborto ser crime, sendo legal apenas em casos de risco à mãe, anencefalia ou estupro. Sendo assim, a mulher não possui o direito de interromper uma gestação indesejada de forma segura, se assim decidir, fora dessas condições. Ademais, apesar de a comunidade científica e médica considerarem um feto vivo apenas após o terceiro mês de gestação, a forte influência religiosa no país impede a mudança da legislação. Portanto, torna-se necessária a mobilização de ONG’s e instituições a favor da descriminalização e legalização do aborto e dos direitos reprodutivos das mulheres em redes sociais, resgatando o tema para novas discussões e conscientização e exigindo que a pauta seja discutida no âmbito legislativo. E posto que sem educação, a sociedade não muda - conforme afirmou o educador Paulo Coelho – O Ministério da Saúde deve promover campanhas midiáticas acerca da importância dos métodos contraceptivos e planejamento familiar, divulgando a distribuição de camisinhas gratuitas nos postos de saúde com total sigilo.