Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 25/10/2016

Segundo Kant, a autonomia consiste em ser simultaneamente cidadão e legislador. Dessa forma, o atual cenário de escolha da mulher em relação a interrupção da gravidez tem sido fonte de grandes discussões entre a população brasileira. De fato, é preciso analisar os porquês de uma mulher tirar a vida de seu próprio filho. É certo que vivemos em uma sociedade desigual em que os altos números das estatísticas sobre a suspensão da gestação se dá, basicamente, nas classes mais pobres do país. Isso porque a mulher não possui condições financeiras (e muitas vezes familiar e do próprio pai da criança) para sustentar uma criança inesperada e, assim, elas acabam buscando clínicas clandestinas para tal interrupção, correndo sérios riscos de vida no procedimento. Nesse sentido, Drauzio Varella está certo ao dizer que: “o aborto já é livre no país, proibir é punir quem não tem dinheiro”. Além disso, a indicação para a retirada do feto é de até a 12° semana de gestação, com a justificativa de que o sistema nervoso ainda não está completo. Pois, então, as mesmas leis que permitem a retirada de órgãos de uma pessoa de 25 anos que sofreu um acidente e perdeu o funcionamento do cérebro, logo também podem permitir a retirada com segurança de um bebê de 3 meses da barriga da mãe. Porque é melhor não ter um filho do que tê-lo e trata-lo como um fardo. Fica evidente, portanto, que esta situação é grave e precisa ser bem administrada. Para acabar com a gravidez indesejada é preciso que as famílias comecem desde cedo a conversar com os adolescentes sobre o ato sexual e seus riscos. E ao Ministério da Saúde é preciso maior contratação de ginecologistas para a melhor orientação sobre o corpo feminino e ao uso de métodos anticoncepcionais. Quanto a mídia, é importante que conscientize a população, por intermédio de propagandas, sobre o enorme perigo de se submeter a procedimentos cirúrgicos ilegais.