Título da redação:

Pós vida

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 04/08/2017

Ronald Regan, ex-presidente dos EUA, disse a seguinte frase: "Só é a favor do aborto quem já abortou". Porém, essa frase pode gerar ambiguidade e decisão da mulher é de extrema importância, visto que é ela que vai gerar a criança. Dentro desse contexto, há dois fatores que devem ser levados em consideração: o direito da mulher de decidir quanto e quantos filhos quer ter e ao direito a opção do aborto seguro. O movimento feminista luta pelo direito das mulheres e pela igualdade de genero, uma vez que desde o século 19 a mulher é considerada inferior aos homens e a mesma deveria ser submissa às suas vontades. Em razão disso, a qualidade da saúde das mulheres é uma das preocupações do movimento, e hoje, sabe-se que o aborto é feito ilegalmente por mulheres de diferentes classes sociais e que há riscos maiores para as pobres. As consequências do aborto ilegal caem justamente sobre essas mulheres, de baixa renda, que não tem acesso a uma rede de saúde de qualidade. Elas recorrem, então, às clinicas clandestinas, onde geralmente tem condições desumanas e a falta do profissional adequado para realizar o procedimento, ocasionando em muitos casos, a morte. O movimento luta, portanto, pelo direito a escolha e para que nenhuma mulher faleça em clinicas clandestinas ou em casa por não ter condições financeiras para arcar com o gasto de um hospital particular. Torna-se evidente, então, a urgência da legalização. Com o intuito de aumentar a expectativa de vida da mulher, o poder publico deveria fornecer todas as condições necessárias pelo interrompimento desejado e a mídia (TV, radios, jornais) deveria quebrar o tabu, apresentando mais informações acerca do assunto, não induzindo a prática, mas sim apresentando que há opções, caso a mulher precise e queira. Dessa maneira, os indíces de mortalidade diminuirão e ocorrerá um progresso no desenvolvimento do país.