Até o século XIX, os direitos da mulher eram restritos. Tanto suas opiniões como suas atitudes eram censuradas de modo que fossem desconsideradas. Esse quadro começou a se alterar com a entrada feminina no campo trabalhista e, principalmente, com o direito ao voto. Mas a questão da independência da mulher no Brasil, com relação à seu próprio corpo, ainda é um impasse. Um exemplo disso é a criminalização do aborto. Enquanto em países desenvolvidos como nos Estados Unidos, Canadá e Rússia, o aborto é um ato legal, no Brasil, a Legislação considera-o como crime hediondo, podendo levar quem o pratica a uma pena de até três anos de prisão. Isso acontece porque, embora o Brasil seja um país em desenvolvimento, o pensamento social ainda possui vários pontos retrógrados e conservadores, dificultando assim, a discussão e resolução do assunto. Além disso, apesar de ser ilegal, a estatística do número de abortos realizados anualmente não diminui, muitas vezes pela diversidade de clínicas clandestinas. O aborto sendo considerado como crime, prejudica a vida da mulher brasileira que deve ter o direito de escolha em relação à seu corpo e sua vida. Sendo uma questão particular, o aborto deveria ser tratado como tal. Uma questão de liberdade pessoal e não de tradicionalismo imposto. O mais adequado seria a conscientização da sociedade que a legalização do aborto evitaria a morte de várias mulheres que se expõem, por falta de amparo do Estado, à condições precárias em clínicas ilegais. Além disso, a descriminalização do aborto é fundamental para o progresso e bem-estar social.