Título da redação:

O caminho da conquista

Proposta: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 14/01/2016

Em meio a uma sociedade que ainda perpetua-se o patriarcalismo, o papel da mulher é subalterno ao do homem em vários aspectos, especialmente em países que ainda existem leis expondo tais indícios. A negação ao aborto é ligada a esse pensamento, pautando a religião como argumento, mesmo que no Brasil a maioria das mulheres que abortam seja católica. Em primeiro plano, em um país onde a cultura tem uma conexão com a religião e compromete assim as ações da população, é favorável para o Estado não contrariar, pois se evita uma insatisfação que pode ter consequências piores. Porém, no caso do Brasil, registrado laico, o aborto é tratado como um assunto que fere a esfera religiosa e ética da sociedade, tirando a autonomia do corpo da mulher. Nesse contexto, divide-se o posicionamento de muitos brasileiros, pois ao mesmo tempo em que anseiam por liberdade de expressão e autonomia das suas escolhas, julgam uma mulher que escolhe interromper a gravidez por diversos motivos, e por ser um aborto clandestino no Brasil correm um risco muito grande, podendo ter casos irreversíveis. Assim, é visível que a ignorância de alguns pode influenciar na vida muitas pessoas. Torna-se evidente, portanto, que o poder de opressão que a própria sociedade exerce em conjunto com a influência de igrejas cristãs tem grande peso no Sistema Brasileiro. Contudo, muitas entidades médicas, baseado em questões éticas da saúde, apoiam o aborto em determinados termos, abrindo espaço para debates sobre tal questão, devendo ser de conhecimento publico, criando uma sociedade ciente que isso é um direito da mulher a ser conquistado.