Título da redação:

O aborto como decisão pessoal

Tema de redação: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 02/09/2016

A questão do aborto no Brasil já é debatida há muito tempo, mas apesar do debate constante, nenhum progresso é realizado. A sociedade brasileira ainda é recoberta de preceitos religiosos, o que impede o progresso com as argumentações de que o mesmo irá ferir a religião. Atualmente, o aborto é proibido por lei, porém, mesmo com toda essa barreira política, religiosa e social, ele ainda acontece, estatísticas demonstram que uma em cada cinco mulheres já realizaram o aborto, colocando em evidência a urgência de novas leis. A mulher desde os primórdios da história foi submissa, não tinha voz ,nem vontades, contudo, o tempo passou e atualmente as mulheres são muito mais empoderadas que antes e cada vez mais estão se libertando das amarras medievais e fazendo suas próprias decisões, e o aborto é uma delas, eles são realizados por diversos motivos, sejam financeiros ou de saúde, muitos deles o fazem por considerarem uma gravidez indesejada, que se não abortado poderá gerar abandono da criança pela mãe. Como no Brasil a interrupção da gestação é crime, as mulheres acabam por procurar outros meios de o realizar, que são as clínicas clandestinas que muitas vezes se encontram em condições precárias acarretando diversos problemas a gestante podendo levá-la a morte, gerando um problema para a saúde pública. Além das mortes geradas indiretamente pela proibição, o abandono acaba por ser umas das consequências, pois as mães que foram impedidas de realizar o aborto, abandonam seus filhos em orfanatos, somando um custo adicional ao estado. As mulheres devem se empoderar e lutar pelo direito de decisão de seus corpos. O Estado deve rever a lei, mas não com ideias religiosas e sim com ideias sociais, científicas e de saúde pública, com as mudanças da lei, o ministério da saúde poderá criar planos de assistência e oferecer para as mulheres melhores condições para realizar o aborto, que com isso poderão ter mais autonomia sobre seus corpos e decisões.