Legalização e educação As mulheres brasileiras, infelizmente, não têm poder de escolha sobre a possibilidade de fazer aborto na rede pública. Os únicos casos permitidos são os de estupro, risco de morte para a mãe e bebês anencéfalos. A maior justificativa para a ilegalização do aborto é que este vai contra o direito à vida. Porém, essa falta de autonomia das mães demonstra o esquecimento de outro direito do ser humano: qualidade de vida (biológica, social e mental). O Brasil é um país com muita desigualdade social. Assim, grande parte da população não tem acesso à alimentação saudável; à moradia, saúde e educação de qualidade; entre outros. Esse cenário não deveria existir, já que o aspecto biossocial é necessário para as crianças se desenvolverem adequadamente. O estado psicológico de um indivíduo afeta não só suas ações, mas também sua saúde física (doenças psicossomáticas). Uma criança, vinda de forma indesejada, pode adquirir problemas psicológicos porque os pais não lhe dão atenção, por exemplo. Desse modo, um indivíduo nesta situação pode ter depressão, usar drogas, cometer suicídio, etc. Portanto, a legalização do aborto é uma forma de impedir que várias crianças sofram com a falta de qualidade de vida biológica, social e mental. Entretanto, junto com essa autonomia dada às gestantes, devia-se evitar a gravidez indesejada. O governo federal deveria tornar obrigatórias as aulas de educação sexual para os jovens nas escolas públicas e privadas. Além disso, deveriam ter comerciais televisivos, durante o ano todo, falando da importância dos métodos contraceptivos. Assim, aumenta-se a prevenção e diminuem-se os casos de aborto.