Título da redação:

Interrupção da Gravidez no Brasil

Proposta: O cenário da autonomia da mulher brasileira nos casos de interrupção da gestação.

Redação enviada em 06/02/2017

Onde começa a vida e até aonde pode-se interferir na sua continuidade? Um tema polêmico, de grande repercussão no Brasil, onde alguns grupos defendem a interrupção da gravidez, e alguns são severamente contrários a isso. De um lado a ciência, com várias hipóteses sobre o início da vida. Do outro, as igrejas, principalmente as cristãs, com a certeza que o início se dá na concepção. Partindo-se da certeza que todos têm direito à vida (segundo a Constituição Federal) então é certo afirmar: o aborto não deve ser legalizado depois que o embrião tiver vida. Mas como saber se este já a tem? Como dito anteriormente, a ciência ainda não conseguiu definir exatamente onde ela começa. Mas sabe-se que termina com a morte (parada das atividades cerebrais) A partir daí pode ser seguido uma linha de raciocínio: se a morte é o oposto da vida, quando se encerra as atividades do cérebro, então a vida é quando estas se iniciam- pelo menos essa deveria ser a teoria mais aceita. Portanto, a partir deste período (o que ocorre, segundo alguns cientistas, após a quarta semana de gestação), o aborto não deveria ser cogitado. Ainda assim, há grupos que defendem a ideia de que o corpo da mulher é prioridade. Sim, seu corpo é prioridade, mas sua vida não. Todos têm direito a ela de forma igualitária, inclusive o embrião que já possua atividades cerebrais. Diante disso, e para amenizar o problema das mortes de mulheres nos abortos clandestinos, um dos recursos seria a aprovação de leis, além das que já existem, que são o aborto de fetos anencefálicos, estupro e risco de vida para a mãe, a admissão do aborto até a quarta semana de gestação. Desta forma, atenderia os casos ética e legalmente aceitos como os já mencionados e também casos que “fogem” dessa situação como gravidez indesejada, mães que já tem muitos filhos, fetos com doenças congênitas, etc. Ou seja, que seja liberado o aborto em todos os casos, mas somente antes de quatro semanas de gestação, preservando, desta forma, a vida.