Ao transcorrer da história da humanidade a aversão entre homens e mulheres junto aos seus direitos sofreram - e sofrem - modificações. Decorrente a isto, após tanta evolução, já houve a humanização da mulher? Desde os tempos bíblicos, a mulher já era subjugada como inferior ao homem e tratada como objeto. Ao decorrer do tempo, seus direitos foram oscilando entre progresso e regresso em todo o mundo. Como prova disso, tem-se a participação feminina nas grandes guerras mundiais; o direito de dirigir na Arábia Saudita, conquistado em 2017; ou, ainda no mesmo ano no Brasil como retrocesso, a discussão da PEC 181 cujo proíbe todas as formas de aborto mesmo em caso de estupro ou risco de morte da gestante. Ou seja, após tantos anos de evolução humana, as mulheres ainda tem seu corpo, seus direitos e valores sendo decididos por uma sociedade de marcas patriarcais. Em meio a tanta fusão de direitos dados e retirados, a diferença entre ser mulher e ser homem vem se tornando cada vez mais líquido - não deixando de citar que esse mesmo grau de liquidez serve de base para a propagação ao respeito à diversidade de identidade de gênero. Isso é perceptível ao observar que atualmente todos os empregos são acessíveis para ambos. Olhando de uma outra perspectiva, um exemplo que pode ser analisado é o atual sistema carcerário brasileiro. Quando este separa os espaços reservados às mulheres e homens, pode-se perceber que as mulheres acabam recebendo uma atenção maior que os homens, mesmo com as estruturas precárias e violação da integridade humana. Após as análises, é preciso preciso desconstruir os conceitos patriarcais. Isso de dá desde a infância, aprendendo no ambiente escolar e familiar que todos merecem respeito. Só assim será possível a humanização não só da mulher, mas de todos os gêneros.