O Brasil é um dos países cujo aborto ainda é proibido. É valido ressaltar que, segundo o artigo 128 do Código Penal, é permitido abortar em casos de estupro, risco à vida da mãe e em situações a qual o feto sofra má-formação incompatível com a vida fora do útero. Entretanto, além desses fatos, é preciso dar as mulheres o direito e autonomia sobre seus corpos, deixando que escolham se querem ou não prosseguir com a gravidez. Primeiramente, a proibição da prática do aborto no Brasil não significa que as mulheres deixem de realizá-lo. De acordo com o IBGE, estima-se que cerca de 8,7 milhões brasileiras entre 18 e 49 anos realizam esse procedimento. Mulheres de condições financeiras alta podem arcar com os altíssimos preços cobrados por clínicas clandestinas, enquanto as mulheres mais pobres utilizam-se de métodos caseiros perigosos e acabam sofrendo hemorragias graves e em alguns casos chegando ao óbito. Ao legalizar o aborto no Brasil seria evitado a morte e sequela de mulheres que realizam essa prática em péssimas condições, além disso traria economia para os cofres públicos, pois os recursos gastos pelo governo inobservante para tratar as mulheres que realizam procedimentos clandestinos de alto risco, são superiores do que os gastos para realizar um procedimento seguro e de qualidade, salvando a vida de milhares de mulheres brasileiras. Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas para mudar esse cenário de proibição do aborto. Posto isso, cabe ao Ministério da Saúde através dos serviços públicos de saúde garantir o aborto de maneira segura e gratuita. Além disso, dar acesso a contraceptivos em postos de saúde, para que nenhuma jovem engravide por falta de acesso a esses métodos. Ademais, é preciso inserir nas escolas públicas e privadas o sistema de educação sexual, para que os jovens possam decidir sobre suas sexualidades de maneira segura e não haja mais gravidezes por falta de informação.