"Clandestinas" é um documentário brasileiro que mostra ao telespectador, relatos verídicos de mulheres que já abortaram por diferentes motivos, contam sua experiência com o procedimento, apoio familiar e psicológico. O aborto é uma realidade no país, mesmo sendo crime. A autonomia individual é um valor sedimentado na experiência contemporânea ocidental, sendo garantida pela Constituição Federal de 1988, contudo tal máxima, hodiernamente, é discutida no que diz respeito à autonomia da mulher nos casos de interrupção da gestação. Em primeiro plano a prática do abordo é considerada crime pois fere o artigo de numero cinco da Carta Magna, que assegura a qualquer cidadão o direito à vida. Contudo, a OMS relata que a cada 2 dias uma mulher morre no Brasil devido a prática ilegal. Por isso, há a importância de haver medidas que diminua tal taxa. Ademais, a desigualdade social relaciona-se com a temática, visto que a falta de recursos financeiros faz com que a classe pobre frequente clinicas clandestinas com baixo apoio médico, já a classe dominante possui acesso a países legalizados e clinicas equipadas, como também aos métodos anticonceptivos. Dessa forma, o governo deve intervir. Pelos fatos supracitados, compete ao governo a legalização do aborto, por meio de uma legislação e com finalidade de resultar na queda da taxa de mulheres mortas. Ao Ministério da Saúde recai a responsabilidade de promover campanhas de métodos anticonceptivos, mediante propagandas nas mídias e palestras, ministradas por médicos e psicólogos, em instituições educacionais, visando a queda de gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis.