Hoje em dia no Brasil, o aborto é ilegal por motivos morais. Infelizmente, essa ilegalidade prejudica milhares de mulheres por ano no país, que procuram uma alternativa em centros clínicos clandestinos, podendo até levá-las à morte. Em um país que se julga livre, as mulheres não possuem autonomia para decidir por alternativas abortivas seguras uma vez que já possuem um embrião em seu ventre. Em 2010, A Pesquisa Nacional do Aborto indicou que 1 em cada 5 mulheres já fez aborto. Essa proporção apenas cresce, fazendo-se necessário medidas que favoreçam a saúde dessas mulheres. De acordo com uma pesquisa da UnB e da UERJ, a maioria das mulheres brasileiras que abortam tem entre 30 e 34, possuem renda média de 2 à 5 salários mínimos e mais da metade são católicas. Nota-se que já um reflexo da moral cristã, de ter responsabilidade para com o filho, aliado à conquista feminina do mercado de trabalho, ou seja, essas mulheres economicamente ativas tem como principal objetivo ascender em suas carreiras, e não gestar uma criança. Faz-se então necessário que o Conselho Nacional de Medicina junto ao Estado, devem elaborar leis que permitam o aborto até o momento em que julgarem medicamente justo, para que as mulheres possam ser tratadas com toda a estrutura cirúrgica necessária e profissionalismo pelos hospitais do país. Não menos importante, as escolas e familiares devem orientar suas crianças e adolescentes, por meio de palestras e conversas, as diversas formas de prevenção contra a gravidez, como o uso de anticoncepcionais e camisinhas, para evitar uma escolha futura de aborto.